A probabilidade de encontrarmos planetas em estrelas parecidas com a nossa é bem alta, como escrevi alguns anos atrás no MB, mesmo assim causou sensação o anúncio da descoberta de um planeta de tamanho parecido com o da Terra em uma zona “habitável” em órbita de uma estrela tipo G2, o mesmo do nosso Sol.
A estrela Kepler-452 tem 6 bilhões de anos, e é portanto bem mais velha que o nosso Sol com 4 bilhões e meio, ou seja, supostamente a vida teve muito mais tempo para se surgir em Kepler-452b, caso ele realmente tenha tido as condições necessárias para isto. A temperatura é a mesma, apesar dela ser 20% mais brilhante e 10% maior que a nossa estrela.
Tudo isto muito bonito, mas por enquanto são apenas palpites meio forçados, já que no momento a única coisa que se pode saber é o tamanho e a distância do planeta para a sua estrela, e o resto é pura especulação. O processo para identificar o planeta, seu tamanho e a sua distância para a estrela foi um gráfico de trânsito, e sem saber sua densidade, não dá para apostar em uma Terra 2.0.
O que me chamou a atenção pra esse planeta novo foi esse gif animado, que coloca o planeta quase no mesmo ponto que a Terra, mas como o Cardoso lembrou, Marte também está em uma zona propícia e nem por isto tem vida.
Mesmo que tivesse condições de abrigar a vida humana, nós nunca chegaríamos até lá como alguns comentaristas de portal já andaram sugerindo, pois Kepler-452b fica bem longe daqui, mais precisamente a 1400 anos-luz, na constelação de Cygnus (Cisne).
Com Kepler-452b, já são mais de 1030 planetas confirmados. Para ter acesso a um verdadeiro compêndio destes exoplanetas, leia este post do Cardoso no MB.
Saiba mais sobre o Kepler-452b na NASA. Phil Plait, o Bad Astronomer, falou sobre esta descoberta e sobre o hype que a cerca.
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